As páginas centrais do jornal «A Marca»
de hoje são preenchidas com uma longa entrevista de Simão à conceituada
jornalista Olga Viza. «El Divan de Olga Viza». Uma visita guiada aos idos tempos de Barcelona, quando Simão ali chegou com apenas 19 anos:
«Não era
fácil. Tinha Figo e Rivaldo, os melhores do mundo na altura, e era
difícil jogar sempre. Depois em 2 anos tive 3 treinadores e mudou o
presidente. Queria jogar ao meu nível. Van Gaal quando chegou quase me
obrigava a jogar a dois toques: controlar e passar ou controlar e
centrar... Desvirtuava um pouco o meu jogo e eu queria mais! Saí para
onde me queriam: O Benfica. Não poderia dizer que não!».
Para hoje aposta numa vitória «por 2-1 como na época passada». A mulher Filipa e os dois filhos estarão presentes no Vicente Calderón «como sempre acontece nos grandes jogos. Mariana, que nasceu em Barcelona, é adepta do Barça, mas quer sempre a vitória do papá».
Hoje vai ter esse apoio especial e disfrutar da companhia dos mais
queridos que são imprescindíveis na estabilidade pessoal e profissional
de um futebolista. «Gostava de renovar com Atlético. Estou muito feliz aqui, adaptado ao clube. Sou Colchonero.». Sobre a possibilidade de sair já que está em final de contrato Simão diz que está «superfeliz, adaptado e 'enchufado'» com o Atlético, por isso pode renovar e ficar mais anos no clube onde «bem se identifica».
Simão falou ainda sobre a saída da Selecção Portuguesa dizendo que foi um assunto maduramente pensado. «Nunca
falei sobre este tema e a verdade é que quero jogar mais 4 ou 5 anos ao
mais alto nível e, apesar da Selecção ser muitíssimo importante, acaba
por dar enorme sobrecarga. Cheguei ao Mundial com 80(!) jogos, e
necessariamente não poderia estar nas melhores condições. Pensei muito,
falei com a família, amadureci este assunto durante bastante tempo e,
embora me tenha custado, decidi. Sempre dei o máximo pela Selecção,
joguei por vezes com alguns problemas físicos, arriscando, mas foi assim
que decidi, embora tenha sido uma decisão muito difícil».Simão era o mais internacional de todos os que estão convocáveis, percorrendo todos os escalões desde os 14 anos. «Quero que fique bem claro que não saí aborrecido com ninguém. Tudo tem o seu momento!».
Simão falou ainda de Quique que «devolveu confiança aos jogadores e trabalhou muito bem a equipa tacticamente» e do seu grande amigo Forlan que gostaria de ver «como o melhor do Mundo». «Messi já tem um. Este que seja para Diego».
In: Site Oficial Simão Sabrosa