quarta-feira, 27 de novembro de 2002

Simão apresenta «livro fantástico» sobre futebol


«A Arte de Simão Sabrosa: como tornar-se um jogador decisivo» foi esta terça-feira apresentado e está a partir desta quarta-feira à venda nas bancas. «Um livro fantástico» foi como o definiu o protagonista da obra escrita por Luís Miguel Pereira, um dos presentes entre amigos e colegas de profissão do jogador do Benfica.
Simão e Luís Miguel Pereira
Essencialmente dedicado aos jovens que queiram aprender os gestos técnicos que um futebolista deve executar, o livro tem ainda uma breve biografia que conta os passos que Simão deu até à profissionalização e faz alusão ainda ao relacionamento que um jogador tem com a vida extra-relvado.
«É um livro para as crianças que querem aprender a jogar e também para os treinadores que queiram ensinar», afirmou Simão, num momento que considerou «especial». «Fiz este livro com o objectivo de ensinar, mas também aprendi muito», reconheceu o jogador.
Simão revelou, por outro lado, que 18 por cento do produto da venda dos primeiros cinco mil exemplares, dos 10 mil impressos nesta 1ª edição, irão reverter em favor da Santa Casa da Misericórdia da localidade de Sabrosa; enquanto os outros cinco mil beneficiarão o Chapitô, «instituição que se dedica a crianças que têm problemas.»
«Um dos objectivos da minha vida é ajudar o mais próximo e, se forem crianças, ainda melhor. Este foi um dos propósitos com que fiz o livro, tive muito prazer nisso e espero que as pessoas gostem», afirmou Simão.

A recepção foi boa por parte de quem percebe do ofício de jogar à bola. E foram muitos os presentes: Drulovic, Armando, Peixe, Féher, Nuno Gomes, Roger, Nuno Santos, Ednilson, Miguel, Andrade, Chalana, Shéu, entre outras personalidades do meio.
«É uma óptima ideia», garantiu Nuno Gomes, que concordou que Simão é mesmo um jogador decisivo: «Tem todas as características: pela técnica, pela velocidade, pela forma como marca os livres.» Roger também concordou com a escolha do protagonista: «O Simão tem muito carisma no país e é importante que as crianças possam crescer com a imagem do seu ídolo.»
In: MaisFutebol

segunda-feira, 4 de novembro de 2002

Simão Sabrosa: Um talento especial para as bolas paradas


Simão está no topo da Bota de Ouro, mercê de um talento especial para as boas paradas. O extremo benfiquista apontou, através de livres directos ou de grandes penalidades, os sete golos até agora alcançados.

Ontem, pela primeira vez, o jogador dos encarnados cometeu mesmo a proeza de apontar dois golos de livre directo num só jogo. Este cometimento garantiu a vitória do Benfica nos Açores, frente ao Santa Clara, e constituiu um feito inédito na carreira do jovem avançado que o clube da Luz recrutou ao FC Barcelona.

À nona jornada da SuperLiga, Simão já tem mais golos de bola parada do que em toda a temporada passada e prepara-se para bater o recorde pessoal de 11 tentos numa só época, conseguido em 2001/2002, a primeira ao serviço do Benfica.

É mesmo lícito dizer-se que o extremo benfiquista virou agora atenção para os livres directos. Depois de um início de campeonato bastante proveitoso na concretização de grandes penalidades, Simão começou a ver resultados na cobrança de faltas. Frente à União de Leiria apontou, dessa forma, o terceiro golo do Benfica. Ontem, operou a reviravolta do marcador, com dois pontapés inspirados.

As bolas paradas ganham, por outro lado, grande peso nos índices de concretização do conjunto da Luz, constituindo quase metade dos golos apontados pela formação orientada por Jesualdo Ferreira.

Golos de Simão são sinónimo de vitória
O Benfica ainda não venceu na presente edição da SuperLiga sem que Simão tivesse marcado. Frente ao Marítimo, Beira-Mar, Moreirense, U. Leiria e Santa Clara, o extremo apontou pelo menos um golo e os encarnados obtiveram os três pontos. Sem golos de Simão, a turma da Luz não ultrapassou o Nacional, V. Setúbal, FC Porto e Académica.

Polémica
Dois lances duvidosos marcaram o jogo. Na primeira parte, Mantorras caiu na área, mas a falta de Paiva teve lugar fora dela. No segundo tempo, a bola, rematada por Simão, embateu no braço de Luís Soares. Prevaleceu o critério de Jacinto Paixão. O árbitro considerou que o disparo do benfiquista foi efectuado à "queima-roupa", tomando assim como involuntária a acção do açoriano.

Curiosidades
O Santa Clara apontou, no seu reduto, o primeiro golo ao Benfica da história. Nos dois outros encontros já disputados em São Miguel, os açorianos tinham averbado uma derrota por 3-0 e conseguido um nulo na temporada passada.

Sete jogadores do Benfica foram admoestados com cartões na partida de ontem. Esta época os encarnados só fizeram pior no encontro com o FC Porto, das Antas. Também houve cartões para sete jogadores, mas dois deles foram expulsos por duplo amarelo.

Quatro benfiquistas estrearam-se a titular: Cristiano, Carlitos, Andersson e Mantorras
 
In: Record